domingo, 31 de janeiro de 2016

Quero uma vida carinhosa!

Quero uma vida carinhosa. Macia comigo. Quero que a vida seja mais acolhida do que menosprezo, mais preocupação do que indiferença, mais compaixão do que neutralidade.
Quero que a vida seja o que deve ser, mas que seja cuidadosa. Que minhas quedas encontrem mãos estendidas, que meus desamores sejam delicados, que as despedidas sejam doces.
Quero uma vida mãe atenta e permissiva, não autoritária. Uma vida professora, que educa movida pela paixão e não pela obrigação. Que sabe que brincar é tão importante quanto entender. Que sabe que um sorriso e um gesto positivo valem mais do que uma repreensão.
Que a vida seja uma educadora que respeita os diferentes ritmos. Que ela me ensine pela curiosidade e não pelo medo. Pois minha raça é frágil, lenta e distraída.
Que a vida aceite com ternura o meu déficit de atenção perante as coisas do mundo, que perdoe a minha distração frente aqueles ensinamentos chatos e importantes. Que ela aceite essa minha estranha vocação para ser livre.
Quero uma vida que me ensina pelo exemplo, pela inspiração, que me faz querer estar ainda mais viva, que me sirva de espelho.
Quero uma vida que olha nos meus olhos firme e desarmada. Eu prometo tentar entende-la sempre, mesmo quando ela vier trazendo más notícias. Prometo ser forte e leve e não me desapontar com ela.
Mas, por favor, que ela venha com tato e cautela me contar seus pungentes segredos.
Quero que a vida saiba que eu sou força e coragem e por isso não dissimule comigo. Quero que ela saiba que eu também sou solidão e fragilidade, e por isso me conduza com zelo e dedicação.
Que a vida siga seu percurso como deve ser, sem defesas, mas também sem ataques.
Eu trato a vida como quem cuida de cachorrinho novo, cheia de alegria no olhar por deixa-la livre para seguir e protegida para ficar.
Que a vida me trate da mesma forma.


Clara Baccarin



Sorria


A felicidade está dentro de cada um de nós. Apenas a evidenciamos.Um bom exemplo disso é a paixão! Quando estamos apaixonados, como reagimos?? Tipo um bobo alegre? Não, não somos bobos, mas estamos alegres, felizes!!
E quando estamos assim só queremos esbanjar reações complementares com aquele momento, vivenciá-lo. Ficamos tão compenetrados que não vemos o tempo passar, talvez ai esteja a razão do por que sempre falarmos que quando há algo de bom num instante passa.
O contrário de quando estamos com problemas ou tristes, não gostaríamos de estar ali... Parece até que as horas não passam, né?? Mas, é nesses momentos que aprendemos a lidar com nós mesmos, de como e quando sentimos o que sentimos, olhar para as atribulações do dia a dia e perceber que a culpa não é apenas de um individuo, apenas da outra pessoa ou só sua, mas de todos os envolvidos. Na maioria dos casos quando a culpa é só sua geralmente foi por falta de iniciativa, orgulho ou algo que tenha passado por despercebido e da mesma forma com a outra pessoa. Fora essas três, só se você for: psicopata, sociopata ou mau caráter mesmo. Aí sim, terás muitos problemas e causarás muitos também!
Tendo esta base é possível começar a rever seus conceitos e, em consequência, suas atitudes. Sempre iremos cometer erros, essa é a grande barganha da vida: erre para acertar, aprender. É num desses momentos de tristeza que nos possibilita enxergar com mais clareza a passionalidade e a racionalidade, ambas evidenciam-se constituídas numa base neutra para que você assuma seu posto de comandante e evidencie a si mesmo o que é espontaneidade em sua significância mais genuína. Construindo assim o caminho para autenticidade. E ao invés de choros e lamentações, reflexão, ação e reação. Modulando assim seu amadurecimento totalmente passional rente a ser um pouco mais racional, equilíbrio.
Sinta-se feliz por não entrar mais em desespero quando confrontar-se com sua realidade e a da diversidade. Preocupações sempre teremos, mas abra mão do desespero para obter a razão! Pois não tem aquele que consiga chegar à solução se apenas ver o bloqueio. Abra sua mente com a chave mestra: o auto reconhecimento coerente consigo e consequentemente com os demais. Sorria, se quiser!! Não há nada melhor que um sorriso espontâneo. Para ser feliz a prioridade não é sorrir, mas para sorrir é preciso estar feliz, pois por medo e desespero não vale!!
O sorriso só é contagiante quando é recíproco.

Flávio Roberto Sobral Delgado


Estou em uma etapa da vida na qual não preciso impressionar ninguém

Nós não existimos para impressionar o mundo, mas sim para sermos felizes e realizados. Agora, há etapas em nossas vidas nas quais precisamos priorizar, pensar que vamos surpreender esta ou aquela pessoa, ou que as pessoas terão inveja ou vão nos admirar.
Estou num ponto da minha vida no qual já não preciso impressionar ninguém. Sou como sou, sem que me importe o que os demais pensam de mim.
Não preciso de disfarces, não preciso enganar nem fingir. Porque posso ser quem sou na realidade.
Não preciso fazer ninguém rir ou acreditar que eu nunca choro. Não preciso ser sempre forte nem ser sempre agradável.
Não preciso ser igual a ninguém e, acima de tudo, me aceito tal e como sou. Com minhas virtudes, mas também com meus defeitos.
Porque posso não ser perfeita, mas sou sempre eu.
Aceito e amo quem sou, e quem posso chegar a ser.
Há momentos nos quais desejamos captar a atenção e sermos os reis da festa. No entanto, com o passar dos anos, o que de verdade importa para nós é viver nossa vida sem destacá-la para os demais, só para nós mesmos e nosso entorno.
Alguém disse, uma vez, que é bonito ter dinheiro para comprar as coisas que desejamos, mas é mais bonito ter coisas que o dinheiro não pode comprar.
Há pessoas que passam a vida fazendo coisas que detestam para conseguir um dinheiro que não precisam, para comprar coisas que não querem, para impressionar pessoas de quem não gostam.

Dizem que a vida vai ensinando “quem não, quem sim e quem nunca”. Não são necessárias mais experiências nem ressentimentos, somente vamos aprendendo que, quem espera, se decepciona.
Já nos decepcionamos muitas vezes, depositamos nossa confiança em várias ocasiões, e a verdade é que nem sempre conseguimos obter o resultado que esperávamos.
Assim, da mesma maneira que você deixa de esperar algo dos demais, você começa a se dar conta de que deve deixar de se preocupar com o que os demais esperam de você.
Este é o momento no qual você toma as rédeas de seus desejos, guia a sua vida, tem iniciativas próprias, não elogia os demais em excesso e compartilha seus pensamentos livremente. Digamos que não somente é o começo de sua liberdade emocional, mas também de sua identidade.

Por que não precisamos impressionar ninguém mais que nós mesmos?

As pessoas mais infelizes neste mundo são as pessoas que se preocupam muito com o que os demais pensam.
Não precisamos satisfazer ninguém, apenas a nós mesmos. E isso obedece a uma simples regra que todos podemos entender: se tentamos impressionar a todo custo, nos disfarçamos. E se nos disfarçamos, nossa essência morre.
Cada um é único e excepcional. Nada nem ninguém merece que escondamos nossa verdadeira forma de ser, nossas emoções ou nossos pensamentos. Agora, também é a verdade que tudo tem um limite: você não pode dizer ou fazer a primeira coisa que vier à cabeça, você precisa ter cuidado para não ferir os demais.
Chega para quase todos esse momento vital no qual o que os demais pensam deixa de nos importar, pois nos damos conta de que o que é verdadeiramente importante somos nós mesmos.
Entretanto, é paradoxal que uma pessoa segura de si mesma e despreocupada “com o que os demais dirão” é a que realmente deixa marcas. Digamos que quem presta atenção a si mesmo se torna alguém mais puro, mais real, mais pleno.
Definitivamente, a única maneira de ser uma pessoa de aço é não tentando. Ser natural e trabalhar nossos verdadeiros desejos é o segredo para sermos mais felizes.
Texto original em espanhol de Raquel Aldana




Faleceu Ontem a Pessoa que Atrapalhava sua Vida…


Leia e Entenda!
Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
“Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes”.
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.
Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava: – Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ? – Ainda bem que esse infeliz morreu !
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles. A pergunta ecoava na mente de todos: “Quem está nesse caixão”?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo… Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO!
Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. “Sua vida não muda quando seu chefe muda, quando sua empresa muda, quando seus pais mudam, quando seu (sua) namorada (o) muda. Sua vida muda… quando você muda! Você é o único responsável por ela”
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.
"A vida muda, quando “você muda”.



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Conversa entre Avó e Neta


"Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer a minha neta:
- Querida, venha cá.
Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado.
Tenho umas coisas pra te contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto: - O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões.
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
Siga sempre seu coração.
Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
Satisfaça seus desejos.
Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim.
Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.
Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito...”
"Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível.
Tenha uma vida rica de vida! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Mas tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor.
Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você.
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
Leia, pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais.
Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso minha querida.
Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?
Isso vale para todos nós, pais, filhos, netos e amigos..."


Um belo texto que reflete a minha paixão...


NÃO TRILHEM
Se eu pudesse dar um único conselho a você que está lendo este texto, seria esse: NÃO TRILHEM.
Acredite em mim, não trilhe.
Trilhar é um ato de loucura.
Se você começar a Trilhar vai perceber isso, seu corpo vai doer, suas pernas vão cansar, seus pulmões irão sentir a gana desesperada por mais e mais oxigênio, suas mãos ficarão pesadas, aparecerão assaduras no seu corpo, seus pés serão maltratados, você terá bolhas.
Não trilhe.
Acredite em mim, se você começar a Trilhar , vai perder as baladas de sábado à noite com os amigos e num inverno qualquer, você vai acordar às 4h da manhã, vai comer uma porção de massa integral cozida apenas na água, sem sal, sem molho. Vai sair de casa no frio com uma temperatura de 5°, sentirá o ar gelado entrar pelos seus pulmões, sua pele vai arrepiar e ainda assim, não terá vontade de voltar para cama.
Não trilhe .
Não seja como esses doidos que percorrem rua, trilhas, respirando ofegantes, carregando garrafas com água, lanches, medicamentos para dores musculares.
Não seja mais uma pessoa que sai por aí correndo sem destino, enquanto passa por carros parados em sinaleiras ou por ônibus lotados.
Me diga, quem em sã consciência trocaria o ar condicionado do carro ou o assento de um ônibus por uma trilha ao ar livre, com vento no rosto?
Não TRILHEM.
Trilhar é um vício perigoso.
Quando você menos perceber seu roupeiro terá mais shorts, calções e camisetas.
Mulheres que trilham trocam busca pelas medidas de miss, os famosos 90/60/90, por números estranhos, elas querem 5, 10, 21 e 42, alguém entende?
Trilheiros são pessoas estranhas, que comem sem medo, bebem sem culpa, que trilham dezenas de trilhas durante um ano, não ganham nenhuma medalha , mas festejam cada uma delas como uma conquista olímpica.
Trilheiros são loucos, confie em mim.
Não TRILHEM.
Trilhar vai te trazer a sensação de você é capaz de ir sempre mais além. Trilhar vai fazer você conhecer pessoas loucas que começaram a trilhar e se tornaram viciados, daqueles que se amontoam atrás de um pórtico de montanhas, que falam com desconhecidos no meio de uma trilha. E veja só, eles ajudam estranhos, incentivam pessoas que nunca viram antes a continuar trilhando, estes viciados não deixam os outros largarem do vicio assim, em meio a uma trilha , eles te estimulam a querer sempre mais e mais… ahh como são malvados estes viciados.
Não TRILHEM .
Trilheiros são pessoas incomuns, eu diria até perigosas.
Trilheiros falam com estranhos, fazem conhecidos em cada trilha , se reúnem aos domingo às 7h da manhã para Trilhar em grupo, brincam de dar tiro de lama, colecionam amigos.
Ouvi dizer que Trilheiros são pessoas que sorriem demais, que se alegram com pequenas vitórias pessoais, que incentivam desconhecidos.
Trilheiros são pessoas felizes, e isso, ahhhh… Isso é um grande perigo para a sociedade.
Então acredite em mim, não TRILHEM.
Não corra o risco de se tornar um viciado incurável ou uma pessoa que possui a felicidade genuína… não corra o risco de se tornar alguém melhor a cada dia...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A mediocridade das pessoas

Eu estava refletindo sobre a mediocridade. Você sabe o que é ser medíocre? Muitos pensam que ser medíocre é não ter senso das coisas, ou não gostar de coisas boas e de qualidade, ou não ter sonhos e projetos de crescimento pessoal, etc. Tudo isso tem um pouco a ver sim, mas a definição de mediocridade na sua essência é: Estar no meio de alguma coisa, ou estar entre o bom e o mal. Infelizmente, a maior parte da população, não só no Brasil, mas no mundo todo, pode ser considerada medíocre. Por quê? A própria definição da palavra já diz isso. Eu adoro a forma como Aristóteles a coloca. Ele define o ser humano em três tipos: SÁBIOS, MEDIOCRES E CRETINOS. É uma definição um tanto quanto pesada, mas gosto dela. Leia esta frase dele! “Os sábios buscam a verdade, os medíocres gostam de fatos, os cretinos falam de si”. Reflita sobre essa frase…
O que caracteriza uma pessoa medíocre? Algumas características compõem os medíocres, são: imitaçãorotinaviver em grupos de outros medíocres e ser submissos a chefes e patrões. Vou explicar um pouco cada uma dessas características.
São imitadores, fazem tudo que os outros dizem que é para fazer. Por quê? Muito simples. Eles pensam assim: “Os outros fazem, então deve ser uma coisa boa e eu não vou correr o risco de fracassar…”. Grande engano! Esse é um pensamento muito limitador, porque reflete medo de agir e fazer alguma coisa diferente ou arriscada. É bom de vez em quando fazer algo que seja arriscado ou fora dos padrões, porque o crescimento sempre vem com as experiências. Se você faz só o que todo mundo faz para não fracassar, que graça terá a vida? Uma das coisas que detesto são as pessoas metidas a “certinhas demais”, na realidade o que essas pessoas são é MEDROSAS, e escondem seus medos por trás de um comportamento “certinho”. Elas dificilmente vão sentir o verdadeiro sabor que a vida pode oferecer, porque são engessadas e não se abrem para novos horizontes. Detalhe! Não estou querendo dizer que fazer as coisas certas é ruim. Estou querendo dizer que ser certinho demais pode ser um problema, porque a pessoa não se abre a novas possibilidades. Um exemplo clássico são aquelas pessoas com excesso de organização em casa. Elas dizem: “Esse quadro tem que ficar a 1,60 m do chão, perto do sofá e contrastando com a pintura da parede. Nunca tire esse quadro daí, porque esse é o único lugar que ele pode ficar…”, ou “o pano da mesa da cozinha tem que ter tantos centímetros por tantos centímetros, porque se for maior fica feio e se for menor vai ficar mostrando pedaços da mesa, o que é feio também”, meu amigo, sabe o que é feio? Ficar perto de alguém tão chato como você! Ninguém merece um “pé no saco” desses por perto.
Os medíocres não têm a sua própria atitude. Se dizem, “Escuta aquela música ali que é boa!”, ela vai lá e escuta, sem nem prestar atenção na letra. Ou dizem: “Compre aquele livro que ele é bom!”, mais uma vez ela vai lá e compra. Ou dizem “Compra aquela roupa, porque ela tá na moda!”, ela vai lá e compra, fica ridícula nela, mas tem que comprar, porque tem que ser igual a todo mundo. Ou dizem: “vota naquele candidato tal que ele é bom!”, a pessoa vai e vota nele, só depois que passa as eleições ela percebe o ladrão sanguessuga que votou, quando já é tarde demais e não se pode mais voltar atrás.
São submissos aos seus chefes e patrões. Isso é uma triste realidade da vida. Muitos chefes e patrões são verdadeiros empreendedores e acima de tudo, são muito espertos. Esses sabem quem são os medíocres e utilizam deles para o seu maior crescimento. Muitos dos medíocres não pensam em crescer na vida e se contentam com pouco, eles são alvo fáceis dos caras espertos, que colocam os medíocres para trabalhar com uma coisa que vai lhes render muito dinheiro, enquanto os empregados ficam com as migalhas. A característica de viver em grupos de outros medíocres entra aqui, os patrões tem a vida deles como que em um “universo paralelo”, no qual nenhum dos seus empregados tem acesso, ou seja, tem a divisão do grupo dos patrões e dos medíocres.
Enfim. Vamos refletir sobre a mediocridade! Será que você quer passar a vida inteira fazendo o que todo mundo faz? Você vai querer ser lembrado como alguém que fez diferença no mundo ou como “só mais um na multidão”? Eu quero e estou lutando para não ser só mais um na multidão e quero encorajá-lo a fazer o mesmo. Busque cada vez mais ATITUDE. Queira se aperfeiçoar, ler coisas diferentes, conhecer povos diferentes, culturas diferentes, comidas diferentes, paisagens diferentes, línguas diferentes, etc. Vamos procurar a EXCELÊNCIA, que é uma das palavras mais bonitas para contrapor a mediocridade…

Por Isaias Costa


sábado, 23 de janeiro de 2016

OS CINQUENTA TONS DE VIDA


E, de repente, você abre os olhos e percebe que se passaram 50 anos. Desesperada, corre para o espelho e nele procura a criança levada, a adolescente sonhadora, a jovem romântica que tão vividamente ainda habitam em você a despeito do que diz a impiedosa imagem refletida.
Num ímpeto, todas elas querem gritar, dizer que ainda estão vivas e que suas traquinagens só fizeram se tornar mais ardilosas, seus sonhos mais audaciosos, seu romantismo, ainda mais pueril.
Há tanto que não mudou! E talvez por isso a imagem do espelho que insiste em nos desmentir nos seja tão agressiva, tão temida, tão injusta...
Por outro lado, quantas transformações! Quantas personas deixadas pra trás nos bailes de máscaras em que um dia aceitamos dançar.
Ao que parece, somos a exata medida entre a essência que mantemos de nós mesmos e o vir a ser daquilo que ousamos transformar. Talvez nossa tarefa na vida seja apenas a de diferenciar o que deve ser mantido do que precisa ser transformado em nós mesmos. Sob quais tons decidimos orquestrar nossa vida.
Envelhecer positivamente não é tão simples quanto a enjoativa onda do “politicamente correto” procura nos fazer acreditar por meio de estúpidas denominações como “melhor idade”.
Existem perdas. E negá-las costuma ser tão doentio quanto entregar-se a elas. Mas também existem os ganhos e são eles que nos ajudam a lidar com a legítima dor de olhar para o espelho e enxergarmos uma imagem tão distinta daquilo que sentimos em nosso coração.
Hoje, como diria Kundera, “a felicidade de ser festejada supera em mim a vergonha de envelhecer”.
E assim comecei o discurso que fiz em minha festa de 50 anos. Uma festa que, antes de tudo, foi uma festa de agradecimento; e por isso jamais poderia ter sido trocada por uma viagem que faria sozinha para algum lugar bacana do mundo. Naquele momento, o lugar da festa foi o mais bacana do mundo. Porque lá estavam as pessoas que fizeram a história desses 50 anos. Pessoas que me viram nascer, que chegaram depois, que sempre estiveram e que permanecerão comigo para além do provável. Sou tão grata a todos eles!
Sou grata também àqueles que ficaram no meio do caminho. Aos que dolorosamente percebi não fazerem mais parte, não quererem pertencer. Como se já não coubessem mais no meu mundo. Sempre dizemos que, no relacionamento homem/mulher, as pessoas precisam crescer juntas para a sobrevivência da relação.
Esquecemos que o mesmo acontece com alguns amigos e até familiares. Falsos amigos, diriam os mais objetivos. Discordo. Foram pessoas importantes na minha história, pessoas que me acolheram, me acompanharam e ajudaram a tecer a teia do que hoje sou.
No meu discurso de aniversário, no qual fiz questão de agradecer individualmente a cada um dos que estavam presentes, não os agradeci. Não haveria sentido fazê-lo. Respeitei seu desejo de se manterem afastados do lúdico. Mas sei que reconheço sua importância nas várias nuances desses meus cinquenta tons de vida.
Às vezes é preciso abrir mão... Dar adeus ao que parte, dando espaço àquilo que chega. Exultar-se pelas chegadas sem apegos. É assim que o coração se enche de alegria e que tudo na vida da gente passa a valer a pena.


 Lilian Graziano







quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Do seu jeito

Ninguém devia se importar com seu corte de cabelo, sua roupa justa, sua fé em pêndulos, seu desejo por morangos azedos, sua boca suja de palavrões inteiros, sua bota da estação passada, suas unhas sujas da terra que você plantou.
Ninguém devia se importar com seu riso alto, sua voz que quase não fala quando não há o que dizer, sua preferência por séries, muitas vezes mais sensatas que pessoas, seu amor por um pet, pelos livros que você não sentiu o mínimo tesão de ler.
Ninguém devia se importar com as delícias que decidiram morar em você. Ninguém devia ligar a mínima para seus óculos extravagantes, sua bolsa gigante, seus brincos de diamantes que você nem pode pagar.
Ninguém devia ligar se a namorada nova do Miguel não conhece tão bem outros verbos além de beijar, amar e abraçar. Ninguém devia se importar com quem gasta dois terços do salário com jogos e outro terço com comida congelada pra não ter que perder tempo com o que não lhe importa.
Ninguém devia ligar para os casais que nem mesmo respeitam o período de carência dos convênios pra casar – Eu adoro seu jeito de rir. Vem morar comigo? – e amou aquele riso desconhecido por muitos anos ainda. Ninguém devia se importar com nada isso.
Ninguém devia ligar para as pessoas que dançam, que bebem demais, que dizem que amam sem nem conhecer. Nem com a chuva que invade o meio do dia, nem com os garotos de doze anos que andam de salto melhor que você.
Ninguém devia ligar para a ausência de proteína no prato dos veganos, para a ausência de cabelos, para o banquete de unhas, para a falta de jeito de quem não sabe gargalhar sem roncar. Ninguém devia ligar pra quem ama o funk e acha que Roberto Carlos é mais nu dos reis nus.
Ninguém devia ligar, já que a vida é um tempo tão curtinho e sedento, que voa na pressa do tempo, sem perdoar as nossas distrações. Ninguém devia se importar com as tentativas dos outros de serem felizes do seu jeito. Ninguém devia ligar, mas somente tentar, fazer ao menos uma coisa na vida, como jamais foi feito.

Diego Engenho Novo



domingo, 17 de janeiro de 2016

Como entender pessoas que vivem de mal com o mundo

O humor é definido como um estado de ânimo que gradua a disposição e o bem-estar psicológico e emocional dos indivíduos, e pode ser avaliado pelo conjunto de sentimentos e emoções vivenciados em determinado período da vida. Sentimentos e emoções formam a afetividade e se relacionam ao humor, estando ligados ao temperamento, que define a individualidade e a forma de reagir às circunstâncias de acordo com suas características, sendo inato. É comum ouvir comentários de que alguém é calado ou nervoso desde criança, ou sempre foi vaidosa ou curiosa, características que fazem parte da pessoa, e que determinam seu comportamento.

Para exemplificar o papel de sentimentos, emoções e humor, imaginemos uma pessoa apaixonada. Ela experimenta o sentimento de amor, que origina a emoção alegria e lhe dá a sensação de bem-estar. Este indivíduo se sentirá feliz e seu humor estará ótimo. Mas, se a pessoa apaixonada não for correspondida, sentirá tristeza e seu humor pode ficar deprimido. O mesmo sentimento (amor), dependendo das circunstâncias, provocará emoções e estados de ânimo diferentes. Podemos concluir então que o humor depende das situações, que ele muda de acordo com os acontecimentos e, principalmente, como estes são encarados.
É natural sentir infelicidade e desânimo, preocupar-se, ficar irritado ou com raiva, dar vazão a frustrações, todas as emoções têm uma função de autorregulação, é preciso vivenciá-las e então superá-las. Nisso se inclui o mau humor, resposta emocional passageira, já que a vida é dinâmica. Mas se situações mudam, novas oportunidades se apresentam, se há sempre novas possibilidades, os sentimentos se renovam e trazem diferentes emoções, como entender pessoas que parecem eternamente de mal com o mundo?
Indivíduos que demonstram incapacidade de usufruir a vida e parecem dominados por um constante sentimento de negatividade, para os quais o copo da vida está sempre meio vazio e andam acompanhados por uma nuvem negra, podem sofrer de um transtorno de humor denominado distimia. A distimia caracteriza-se principalmente pelo desinteresse por atividades prazerosas; irritabilidade, mau humor e descontentamento constante; falta ou excesso de apetite; insônia ou sonolência excessiva; cansaço constante e falta de energia; baixa autoestima, pessimismo e desesperança; dificuldade de se concentrar e tomar decisões.
A distimia difere de outros tipos de depressão pelos sintomas serem mais leves e contínuos, como se fosse a maneira de ser da pessoa, podendo levar de uma vida limitada até o isolamento, causando prejuízos pessoais e profissionais. Alguns critérios diagnósticos são a observação dos sintomas mencionados por longo período de tempo, além de queixas de dores físicas, e a avaliação de comportamentos como abuso de álcool e drogas, que são buscados com frequência nos casos de transtorno de humor, na tentativa de escapar ao mal-estar emocional.

A dificuldade de diagnóstico ocorre pelo fato de a própria pessoa acreditar que sua forma de ver e pensar o mundo, os outros indivíduos e o futuro e de reagir aos estímulos externos faz parte de seu temperamento. A terapia cognitivo-comportamental trabalha com a proposta de mudanças das crenças e dos padrões de comportamento que possibilitam a aquisição de habilidades que tornam a vida menos sombria e insípida para os que sofrem de distimia.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

“Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche. Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se.

Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos.

Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas.

Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não o peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo.

Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por hora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois.

Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda. Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade.

Desta forma, esqueça todas as sugestões anteriores e guarde uma simples: antes de casar-se com alguém é preciso conhecê-lo bem, e isso é profundamente difícil quando não se conhece minimamente a si próprio. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.”

(Diego Engenho Novo)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Dizem que a experiência faz o mestre… Será?

O tempo tem a indiscutível missão de operar transformações em nós. Mesmo a mais teimosa das pessoas, mais dia menos dia, acaba se rendendo às areias do tempo. A passagem dos minutos; das horas; dos dias; dos anos; das vidas, vão modulando dentro de nós a nossa maneira de vermos o mundo, de nos vermos e de entender a maneira do mundo de nos ver.
Quem será que faz os ponteiros dispararem durante o tempo que dura um beijo apaixonado, um fim de tarde morno na praia, um amanhecer azul de inverno visto do topo de uma montanha, a primeira noite de amor, o primeiro colo que oferecemos ao filho recém-nascido, o último abraço de conforto que entregamos ao pai?
Quem terá o poder de fazer emperrar o relógio e impedir que os minutos escoem nas situações dolorosas a que somos submetidos; nas noites insones; nas enfermidades que roubam de nós o brilho da vida; nas experiências de perda que ninguém pode passar por nós.
O tempo que passa é mensurável, real e físico. O que fazemos dele, é tão subjetivo quanto a interpretação de um poema ou a capacidade que temos para descrever o sabor de um beijo. São as experiências vividas que determinam o quanto fomos espertos, lentos ou refratários diante das oportunidades infinitas de aprendizagem às quais somos apresentados a cada dor suportada, a cada prazer sorvido aos poucos ou apressadamente.
A sabedoria que tanto almejamos alcançar tem muito menos a ver com o tempo do que com a nossa disposição em nos entregarmos de corpo inteiro e alma desarmada. É a coragem de aceitar que é inevitável sangrar às vezes, esperar que cicatrize para só então, tentar entender o propósito de nossa passagem por esse planeta tão confuso e belo, ao mesmo tempo, que fará de nós um pouco mais humanos e menos intolerantes.
A nossa vida aqui neste tempo presente não pode ser aceita simplesmente como a consequência direta de nossas ações e escolhas pregressas; seria simplificar demais acreditar em tão descomplicada explicação. Somos o que fazemos de nós a cada instante. Somos os “sins” e “nãos” que proferimos; somos a mão que estendemos ou o abraço que negamos; somos o alimento que partilhamos ou a sede que infringimos; somos a chuva mansa que acaricia ou a tempestade que arruína.E, se tivermos alguma paciência, seremos presenteados com lições de rara beleza que nos permitirão avançar alguns passinhos para longe de nossa pretenciosa ambição de controle e poder. E, liberados da ansiedade pelo brilho das glórias, seremos aprendizes eternos. Haverá sempre alguma lição mal compreendida ou pouco aprofundada esperando que abandonemos o conforto das coisas conhecidas a fim de nos aventurarmos por caminhos mais estreitos e pouco iluminados.
E o futuro, o que nos espera lá na frente é um mistério insondável, tão assustador quanto belo. A nossa vida no tempo que ainda virá é também a somatória de missões assumidas, desejos projetados e vaidades abandonadas. Para sermos mestres é necessário e indispensável que nos encharquemos de humildade diante daquilo que não podemos modificar. Seremos mestres quando finalmente compreendermos que saber algo ou muita coisa isoladamente, ignorando a necessidade ou contribuição do nosso irmão, é optar pela arma que mutila gerada pela mesma ideia que fez germinar a ferramenta que cura.


sábado, 2 de janeiro de 2016

Caí no clichê né?
 Todos sabemos que uma realidade em que todos os dias são os melhores dias é impossível. Levando em consideração que todos trabalhamos com o fator aleatoriedade ao nosso lado, o livre arbítrio, ou ainda pessoas que estão expostas aos problemas de saúde, física, mental, social muitas dessas pessoas somos nós, ou alguém das nossas famílias, além de estarmos sempre expostos aos riscos do mundo, perder um ente querido, por diversos motivos, enfim, dias maravilhosos para todos, é um sonho praticamente impossível de se conseguir!
 Mesmo assim, É MELHOR DESEJAR O MELHOR PARA TODOS, se desejar é um pensamento utópico, totalmente sem credibilidade para alguns, para mim, o desejo é um anseio da alma, e levando em consideração os diversos fatores que já mencionei, sem nem citar a economia e os nossos políticos corruptos, estes estão no topo da lista brasileira de revoltas caladas.
 Precisamos nos amar mais, parar de olhar apenas para os nossos umbigos, e seguir em frente amando o próximo, viver a vida na paz e no amor.
 Desejo isso para mim, e me sinto feliz por poder desejar isso para todos, afinal, se posso desejar para vocês, é porque ainda estou vivo, e isso já é motivo demais para agradecer, e sinto que isso me enche de vida.
 Todos precisamos de dinheiro, é um fator muito importante nas nossas vidas, é necessário para concretizar sonhos.
 Então, minha torcida e meu DESEJO é que todos ganhem muito DINHEIRO em 2016, e com esse dinheiro, além de APROVEITAR A VIDA, AJUDE o próximo de forma inteligente e SEM INTERMEDIADORES.
 Meu desejo não é apenas para a minha rede de amigos, que são pessoas comuns em sua maioria, meu desejo é para todos os nossos irmãos pelo Brasil e pelo mundo.
 Volto a cair no clichê, com um desejo totalmente fora de sentido, se baseando nas nossas políticas globais, mesmo assim desejo a PAZ E O AMOR MUNDIAL.
 E desejo que os poucos que tem muito do mundo, lembrem que existe tanta gente no mundo que precisa de uma ajuda, é só olhar a situação de vários países.
 No nosso caso não precisamos ir muito longe, quanto de impostos pagamos para sustentar a farra de poucos que tiram do coletivo, através de verbas de hospitais, escolas, obras, a lista é imensa, e fazem somente para chegar mais perto desse seleto grupo de bilionários.
 Sem ajudar o próximo, nunca teremos um mundo de paz e harmonia, isso é triste demais, levando em conta que existe essa possibilidade.
Não tenho como falar do cara que ganha para alimentar sua família, dar um certo conforto para ela, mas o milionário que não ajuda ninguém, seu dinheiro e sua história no final, não vai servir de nada para a humanidade. 
Desejo que você que tem muito, ajude o próximo, e saia da sua redoma de diamante para olhar o mundo.
Voltando ao meu principal desejo para 2016...

Desejo junto com todas as forças do universo um ano maravilhoso para todos vocês, espero que 2015 tenha sido um ano de aprendizado e que todos colham os frutos plantados, 2016 vai ser o melhor ano das nossas vidas!

Celso Pantoja 

Das Vantagens de Ser Bobo


O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
Clarice Lispector