sábado, 25 de fevereiro de 2012

SÓ O AMOR É REAL ...





Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial.


Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro.


Todas vêm de gerações diferentes.


... Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais para estarem conosco novamente.






Vêm do outro lado do céu. Podem parecer diferentes, mas nosso coração as reconhece.


Nosso coração as abrigou em braços em tempos antigos.


Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos.






Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós.


A nossa mente pode interferir.


"Eu não te conheço".


Mas o coração sabe.


Ele toma a nossa mão pela 'primeira' vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser.


Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos..






Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.


Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ele não permite que afastemos o véu.






Choramos e sofremos, mas ele se vai. A 'natureza' tem seus caprichos.


Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual.


O reconhecimento do espírito pode ser imediato.






Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família.. Ou ainda mais profundos.






Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.






O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento.


Um despertar da consciência à medida em que o véu vai aos poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver imediatamente.


Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro.






Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito.


O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.






O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal.






Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome, auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
 Hoje sei que isso é autenticidade.
Quando me amei de verd...ade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar, mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é saber viver.
Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.



É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.


Quem quase ganhou ainda joga,


quem quase passou ainda estuda,


quem quase morreu está vivo,


... quem quase amou não amou.






Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.






Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.


A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.






A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.


Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.






Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.


O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.






Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.






Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.


De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.






Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.


Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.






Desconfie do destino e acredite em você.


Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.