quinta-feira, 27 de novembro de 2014


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Encerrando Ciclos


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
(Nota: o texto Encerrando Ciclos não é de Fernando Pessoa ou de Paulo Coelho)
Gloria Hurtado

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"Perceba"



Deixamos tanta coisa passar em branco nas nossas vidas, que não percebemos quantas coisas boas deixamos ir embora.
Ficamos a vida toda nos preocupando com a opinião dos outros, o que vão pensar, o que vão falar, que acabamos deixando de fazer o que queremos, o que gostamos, o que amamos e acabamos perdendo grande oportunidades.
Perdemos tantas pessoas ao longo de nossas vidas, nos afastamos, deixamos ir embora, não vamos atrás, pelo simples fato de ter orgulho demais, ou pensar no que os outros vão dizer.
Tantas vezes até deixamos de viver, de tanto que tentamos agradar os outros.
Damos muita a importância a comentários, opiniões, e esquecemos que o que realmente importa para ser feliz, é estar bem consigo mesmo.
Temos que fazer o que realmente gostamos e queremos, amar quem realmente nos ama e nos quer por perto... Ser feliz independente de qual trabalho fazemos e quais pessoas escolhemos pra passar a vida do nosso lado.
Ser feliz é estar bem consigo mesmo, é se amar independente de qualquer defeito ou erro cometido em algum momento da vida.
Ninguém é perfeito e quem mais fala dos seus erros e defeitos, é quem mais erra e tem defeitos.
"Se te julgarem, não ligue!
Se falarem mal da sua vida, ignore"
Todos nós queremos alguém para amar, não queremos ficar sozinho, na solidão, na carência, sei lá... Mas você não precisa de ninguém para ser feliz, além de si mesmo.
Perceba, faça com que aconteça.

 Wagner Pereira.

"Tem dias que ..."



Tem dias que da vontade de desistir de tudo né? Tem horas que você quer dormir e não acordar mais, tem dias que os dias não passam e tem dias que os dias não parecem ser dias.
Tudo complicado, difícil, nem você consegue se entender, mas já pensou se todos desistissem?
Não somos perfeitos, vamos errar várias vezes, vamos tentar fazer certo, mas a qualquer hora vamos errar de novo e de novo. Ninguém é perfeito, todo mundo já machucou alguém, eu, você, todos nós já fizemos algum mal, de alguma forma pra alguém.
Mas tudo é questão de tempo pra você aceitar, são fases da vida que a gente passa por coisas boas e ruins, são coisas que precisamos passar pra entender que nada é de graça, nada é fácil, mas também nada é em vão.
Hoje você sofre, amanhã você sorri, depois você chora e volta a sorrir novamente.
Tem dias que da vontade de sumir só pra ver se notam a sua presença né?
Tem dias que da vontade de sumir mesmo pra nunca mais voltar e conhecer pessoas novas, fazer uma nova vida, fazer a vida acontecer.
Você tem que sair mais, esfriar a cabeça, parar de pensar que tudo na vida é chato, parar de pensar que tudo vai dar errado.
Você tem que viver, mas não simplesmente viver por viver, você tem que fazer por você e por mais ninguém.
Mas é igual o ditado, "se conselho fosse bom não dava, vendia." E você não vai seguir o conselho de ninguém, porque é teimoso demais ou porque simplesmente aceita qualquer coisa na sua vida, pelo fato de estar triste, ou deprimido, ou chateado com algo ou alguém...
Pense em coisas boas, comece a lutar pelo que quer, não se apegue, não deixe que ninguém te derrube.
Tem gente que mexe com seu psicológico, fica com chantagens e dramas, e você sempre acha que está errado, que você faz tudo errado, mas se você parar de pensar isso e ignorar essas atitudes sua vida vai começar a andar pra frente.
Pense bem, corra atrás do que acha que vale a pena, e pare de ficar imaginando que vai dar errado, o "Não" você já tem, então o que custa tentar ir atrás do sim?
Tem dias que você tem que tomar atitude, tem dias que você tem que ser você mesmo.
Não dependa do amor dos outros para ser feliz, não dependa de pessoas, não dependa de nada, porque dependência de amor e carinho é uma droga.
Pense consigo mesmo: "Eu posso, eu consigo, eu vou atrás, eu vou conseguir, eu vou vencer."

 Wagner Pereira.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Para refletir: O movimento Slow



Vivemos sob intensa pressão. O tempo parece escapar pelos vãos dos dedos. Temos a sensação de que passa mais depressa do que antes. Não temos tempo para nada. Será que é assim mesmo ou nós estamos internamente acelerados? Podemos sobreviver de maneira saudável a esta jornada frenética?
Na Itália, nos anos 80, iniciou-se um movimento chamado Slow Food (alimentação lenta), para lutar contra a uniformização dos sabores, a má qualidade da comida, fruto da globalização e da cultura Fast Food. O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber mais devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.
Com o passar dos anos, o Movimento Slow estendeu-se a outras esferas, não mais apenas à alimentação. As pessoas começaram a perceber que vivemos e trabalhamos como malucos, numa busca desenfreada por resultados imediatos, o que deixa as pessoas estressadas, causa distúrbios de ansiedade, depressão e outros males.

O Movimento Slow propõe uma mudança de atitude cultural buscando uma velocidade mais natural para a vida. Não se trata de fazer tudo em um ritmo lento e deliberado, mas em fazer as coisas no ritmo certo. De acordo com seus adeptos, a vida é vivida depressa demais. É preciso encontrar um novo caminho para viver melhor.
A ideia é assumir o controle do tempo, ao invés de sermos submetidos a sua tirania. Seus seguidores defendem a priorização das atividades que resultam no desenvolvimento integral do ser humano, e que não devemos ser escravos da tecnologia, mas aproveitar o que ela nos pode oferecer de melhor.
É uma revolução cultural contra a noção de que “mais rápido é melhor”. A filosofia Slow defende que devemos aproveitar os minutos em vez de apenas contá-los. Fazer as coisas o melhor possível em vez de o mais rápido possível. Ressalta a importância da qualidade sobre a quantidade.
Este movimento está chamando a atenção até dos americanos, defensores do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).

Mas é bom esclarecer que essa atitude “sem-pressa" não significa fazer menos, ou ter menor produtividade. Significa fazer com mais qualidade e produtividade, com maior perfeição e atenção aos detalhes. Significa menos stress e mais autorrealização, mais prazer. Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer. Uma retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais leve e, portanto, mais produtivo. Um lugar onde pessoas felizes fazem com prazer o que sabem fazer de melhor.

“É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”. Carlo Petrini (um dos idealizadores do movimento)

Vamos refletir sobre o ritmo em que estamos vivendo? Na vida, assim como na música, o ritmo é fundamental.