sábado, 18 de fevereiro de 2017

A lei do espelho: o que vê nos outros é na verdade seu reflexo

Na hora de construir cada passo de nosso crescimento pessoal focamos excessivamente em nosso interior, quando grande parte do que poderíamos aprender está na verdade no exterior ou em nosso entorno, quando de confiança. Várias lendas e mitos nos ensinam desde a antiguidade que o que vemos nos outros nos revela informações sagradas sobre nós mesmos: é como um espelho.
Muitos têm sido os estudos sobre psicologia pessoal que afirmam que o exterior atua como um espelho em nossa mente. Um espelho em que vemos refletidas diferentes qualidades, características e aspectos pessoais de nossa própria essência, de nosso ser mais primitivo. Falamos de situações que frequentemente ocorrem em nosso dia a dia quando observamos algo que não gostamos nos outros e sentimento um certo desgosto, um descontentamento. Pois bem, estamos diante da lei do espelho. Esta estabelece que de algum modo esse aspecto que nos causa desgosto em determinada pessoa existe também em nosso interior. Por que isso ocorre desse modo? Explicaremos a seguir e daremos detalhes sobre sua função e a origem dessa lei.
“As pessoas só nos devolvem refletida a forma como nós somos.”
-Laurent Gounelle
A lei do espelho estabelece que nosso inconsciente, ajudado pela projeção psicológica que realizamos durante esse momento, nos faz pensar que o defeito ou desagrado que percebemos nos outros existe somente “lá fora”, não em nós mesmos. A projeção psicológica é um mecanismo de defesa por meio do qual atribuímos a outras pessoas nossos sentimentos, pensamentos, crenças ou até mesmo ações próprias que são inaceitáveis para nós.

A projeção psicológica começa a atuar durante experiências que nos trazem algum tipo de conflito emocional, ou nos momentos em que nos sentimentos ameaçados, tanto interiormente quando exteriormente. Quando nossa mente entende que existe uma ameaça para nossa integridade tanto física quanto emocional, esta emite um sinal de rejeição para o exterior, projetando essas características e atribuindo as mesmas a um objeto ou sujeito externo que não nós mesmos. Assim, aparentemente colocamos a ameaça fora de nós.
As projeções acontecem tanto com as experiências negativas como com as experiências positivas. Nossa realidade é colocada para fora sem filtro no mundo exterior, construindo a verdade com nossas próprias características pessoais. Uma experiência típica da projeção psicológica acontece quando nos apaixonamos e atribuímos à pessoa amada certas características que na verdade só existem em nós mesmos.

Projetamos sobre o exterior nossa própria realidade

A lei do espelho se reflete quando afirmamos conhecer muito bem outras pessoas e, na verdade, o que fazemos é projetar sobre elas nossa própria realidade. Quando ocorre essa situação estamos colocando nossa visão projetada de nós mesmos sobre a imagem física da outra pessoa que é captada por nossos sentidos.
Ser consciente daquilo que projetamos nos outros nos permite descobrir como somos de verdade. Quando adquirimos o conhecimento desse mecanismo mental é fácil recuperar o controle sobre o que está acontecendo em nosso interior para que possamos fazer uso disso e trabalhar os aspectos que estão presentes em nós mas que não desejamos manter, ou que queremos transformar de algum modo.
É imprescindível lembrar que tudo o que chega para nós através de nossos sentidos já aceitamos como certo, sem reconhecer que muitas vezes ocorre interpretação e nossa subjetividade influencia a percepção. Vivemos de acordo com essa forma de perceber a realidade, acreditando em distorções negativas ou que nos geram mal-estar na hora de nos relacionarmos com as pessoas a nossa volta, inclusive com nós mesmos.
Se quisermos empregar esse recurso natural da psique – o projetar – de forma saudável e plena para obter um crescimento interior saudável, a meditação nos ajudará a traçar essa fronteira, facilitando o aprendizado de ver as coisas como elas realmente são. Sempre recordando a premissa que “observar diz mais sobre o observador do que sobre o que está sendo observado”.

A CAVERNA NA QUAL INSISTIMOS EM PERMANECER

O assunto que desejo abordar é um pouco complexo. O que não deveria ocorrer, caso tivéssemos uma educação que valorizasse as ciências humanas e a filosofia. Infelizmente, nossa sociedade não foi ensinada sobre a importância de entender o mundo a partir de conhecimentos que analisam os vários fenômenos sociais que estamos ligados direta ou indiretamente. Como consequência, um povo altamente despolitizado.
As redes sociais possibilitaram, dentre outras coisas, evidenciar a grande dificuldade das pessoas em assimilar conceitos básicos para o bom entendimento do que são as diversas correntes ideológicas e suas divisões. Muitos, por exemplo, afirmam ser marxistas sem ter lido sequer uma obra de Karl Marx ou de alguém que procure elucidar o pensamento deste autor. Como não bastasse, aqueles que se dizem discordar das ideias do referido pensador, muito menos. Entretanto, ambas as partes se acham no direito de expressar suas impressões sobre Marx, sem ter o mínimo conhecimento prévio para dialogar com alguém.
Não estou aqui a afirmar que essas pessoas não deveriam dizer nada. Muito pelo contrário, elas devem dizer o que pensam.
Mas devem fazê-lo com propriedade, conhecer o que de fato defendem. Se não, torna-se o que chamamos de doxa, ou seja, uma opinião baseada no senso comum, sem nenhuma reflexão sobre este ou aquele assunto. Tendo apenas a intenção de perpetuar tradições, preconceitos e, na maioria das vezes, justificar discriminações.
A mídia, em especial as que pertencem aos grandes grupos corporativistas, contribui para essa (de)formação que leva a maior parte da população, até mesmo grande parte da mais “letrada”, a um estado de espírito incapaz de ver além das linhas do horizonte, de conseguir fazer um leitura crítica da realidade em que está inserido.
Os meios de comunicação que tanto falamos serem ferramentas que aproximam as pessoas, e, com a globalização e o advento da internet, nos permitem saber, quase em tempo real (ou real mesmo), o que se passa em qualquer canto do planeta, também são utilizados para distanciar indivíduos do conhecimento fundamentados na análise crítica, na observação e no uso da razão, a episteme.
Acredito que se fosse dado a todos os seres humanos a oportunidade de pensar da maneira mais autônoma possível, teríamos saído da caverna (referência ao mundo das aparências), conforme Platão ilustra em sua obra A República, na passagem sobre o “Mito da Caverna”. A grande questão é: Estamos dispostos a sair de nossas cavernas e nos deixar guiar pela luz do sol que ilumina o mundo exterior a essas cavernas?
Essa luz do sol, que podemos entender aqui como o conhecimento, está à disposição de todos aqueles que a buscam, talvez muitos podem, assim, dizer. No entanto, por se encontrar numa caverna, na caverna individual de cada ser, só se poderá ter contato com essa luz através da decisão de ouvir aquele que se libertou das correntes, que são as opiniões (doxa), e deseja mostrá-las aos demais.
Na metáfora de Platão, trata-se do filósofo que, por meio da filosofia, se libertou dos preconceitos e conhecimentos errôneos, e quer dar a oportunidade aos outros de adquirirem conhecimentos. E não é um conhecimento doutrinário ou do estilo autoajuda, os quais dependem de alguém iluminado, superior, que conduz as pessoas ao bem maior. A filosofia, na verdade, propõe fazer dos homens e mulheres seres autônomos intelectualmente. Quer dizer que, ao invés de se guiarem pelo o que lhe é dito, eles e elas construirão sua própria forma de ver o mundo, longe de superstições e aparências.
O termo “filósofo” significa literalmente “amigo da sabedoria”. Neste sentido podemos dizer que filósofo é muito mais do que um título acadêmico. É alguém que ama tanto o conhecimento que busca a todo o custo adquiri-lo, pelo simples prazer de aprender. Eis aqui o problema maior: há uma campanha crescente, digo sempre, para que as pessoas não tenham o estímulo necessário para aprender. E não é à toa! “Seria uma atitude muito ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que permitissem às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de forma crítica”, disse Paulo Freire. Diga-se de passagem, que este grande intelectual e educador, foi alvo de críticas das manifestações ocorridas nas últimas semanas. O que me causou um choque, pois, independente de sua orientação política, as contribuições dele para a educação foram e são relevantes.
Seja como for, o caminho de volta à caverna começou a ser seguido por muita gente que prefere se acomodar no meio da escuridão a sentir a dor que a claridade provoca, no início, quando em contato com a luz. Esquece que tal dor é passageira. Assim que os olhos se acostumam, perceberá que há um mundo fantástico a ser compreendido e desvendado.
É uma pena ver que a mídia deseja nos ver presos às ideologias que nos escravizam e nos mantém longe de todo o conhecimento que poderia beneficiar a humanidade. Bom, nem sempre causa algum bem. Mas, ao menos, viabiliza tentar um mundo melhor.
Por Carlos Beloto

Chique é tratar bem os outros

As marcas traduzem-se em status, e há ícones essenciais que revelam quem são as pessoas, mesmo que nunca se tenha falado com elas: os óculos, as roupas, os sapatos, a bolsa, o relógio, o celular… Tratam-se de categorias de objetos que funcionam como uma apresentação e permitem posicionar a pessoa na escala social. É a clara definição do “quem tem o quê” porque isso revela “quem tem quanto”.
É difícil fugir desse padrão de comportamento — por muito que se deseje ou tente — e, em certos meios sociais, é quase impossível. Tornou-se um paradigma que permite reconhecer os outros pelo seu poder aquisitivo, pelo seu status social, bem ao modo materialista do mundo moderno.
Mas, na verdade, trata-se de uma falsa questão, porque o dinheiro, as marcas, as roupas e os objetos, são insuficientes para revelar quem são as pessoas. O que as separa — realmente — é a discrição, a educação, a generosidade e a distinção. E estes traços dividem, ainda que grosseiramente, as pessoas em dois grupos: os deselegantes, que se esforçam por aparecer a qualquer preço, e os elegantes, que primam pela discrição.
Os primeiros, os deselegantes, expõem a sua privacidade, invadem a esfera pública com as suas emoções exageradas e sentem necessidade constante de mostrar as etiquetas das suas roupas. Gostam de contar o que têm e falar do que compraram ou vão comprar. Citam muitas marcas e, com frequência, comentam-nas com a pronúncia errada. Givenchy é difícil para eles. Moschino também. E muitos nem sequer sabem o que é Fendi.
Mas afirmam-se pelas marcas, e o seu comportamento é ditado pelo exagero: falam demais e alto demais, gesticulam demais, mostram demais, abraçam demais, usam roupas demasiado justas ou curtas e decotes demasiado grandes. Neles, tudo é excessivo. E estes são apenas os traços visíveis.
O pior de tudo é o hábito de maltratar os outros — o porteiro, a manicure, o motorista, o empregado da loja, o garçom, ou qualquer pessoa que os sirva ou trabalhe para eles. São mal educados, grosseiros: não dizem obrigado, por favor, bom dia ou com licença. Sobre isto, o escritor Miguel-Angel Martí García afirma que “a forma de falar de uma pessoa diz mais sobre ela do que o seu vestuário”.
Já os elegantes, são de outra cepa: não expõem marcas, não falam das suas joias ou dos seus bens, e acham sempre que menos é mais. A discrição é a sua palavra chave, e neles tudo é comedido, sereno, sem exageros.
Ser elegante é algo que tem a ver com uma atitude: está muito além de ter dinheiro. É, fundamentalmente, ter educação. E o melhor traço dos elegantes é o respeito pelo outro: são generosos, sorriem, são suaves, não insultam e nem maltratam ninguém.
Alguém elegante não se imita – porque não basta ter, tem que ser. Ser educado, ser reservado, ser generoso, ser simples, ser distinto. E ser é algo difícil de conseguir: faz parte de um refinamento adquirido ao longo de anos, e que se entranha na pele, tornando-se tão natural quanto respirar. Ser é uma caraterística que pertence à alma e não ao dinheiro.
Atualmente as pessoas definem-se cada vez mais pelo dinheiro: há os que têm e os que não têm. Esta é uma forma simplista de classificar o mundo pelos padrões de consumo e riqueza. Simplista e, paradoxalmente, pobre.
O que nos define é a forma como tratamos os outros, porque isso diz tudo de nós. Não é o que temos, mas o que sai de nós que revela quem somos.
Texto de Ivone Martins

Elas gostam mesmo é dos sensíveis!

Não! Não me venha com esse papo de que homem com H não pode falar manso e ter gestos elegantes, ah não…
Elas gostam mesmo é dos sensíveis! Daqueles que preferem olhar nos olhos dela e perguntar: “Como foi o seu dia meu amor”, e mesmo após um dia muito cansativo, ter interesse genuíno em ouvi-la, cada detalhe e fazer perguntas olhando nos olhos dela demonstrando total interesse por tudo que acontece com ela!
Elas gostam mesmo é dos homens que falam olhando nos olhos e preferem olhar para ela à olhar para os próprios músculos! Vamos esclarecer, óbvio que vamos praticar exercícios e cuidar do nosso corpo, mas ela precisa saber que ela é prioridade! O que ela sente te preocupa….
E atenção: Nada mais deselegante do que falar com ela enquanto olha o whatsup no celular! Ou navega pelo Facebook.. Enquanto ela fala, atenção total, não perca nenhum detalhe das milhares de recomendações que ela irá te fazer, pois lembre-se, você deve estar atento a tudo que a rodeia.
Abrir a porta do carro faz muita diferença! Pois nos tempos de hoje isto é um diferencial competitivo e tanto! Nada pode ser mais sedutor do que ter a porta do carro aberta por seu amor…
No restaurante, você só se senta após ela, ou seja, você puxa primeiro a cadeira delicadamente, para que ela se sente. As conversas são sobre a vida, arte, livros e filmes de romance, filosofia, psicologia. Ela gosta de assuntos do coração, sensibilidade à flor da pele e você acompanha todos os assuntos, olhando em seus olhos e segurando em sua mão. Ela vai ao toilette e te avisa, você se levanta antes dela, quando ela sai, você se senta.
No elevador, você só entra depois dela e na hora de sair, ela sai primeiro. Nada de sair antes dela, atravessar o caminho e entrar primeiro do que ela em algum lugar, não pode haver nada mais grosseiro!
Muito importante! Nada de falar alto e gesticulando, também, por favor não “assassine” o português! Nada como um homem de fala tranquila, macia, voz suave, calma e forma educada de falar, por favor e obrigado, são básicos, isso inclui também: “Nossa como você está linda hoje”!
Ah…e se chorar em algum filme junto com você….isto sim seria arrasador, pois elas gostam mesmo é dos sensíveis!
Sedutor é um homem de fala suave, tranquila e macia. Bonito é ser educado. Gostoso é receber um elogio estando no seu dia “mais normal”. Maravilhoso é ter alguém que se importa com você de verdade!
Felicidade é vigiar as próprias ações ao invés de somente cobrar as ações do outro!

domingo, 12 de fevereiro de 2017

QUANDO VOCÊ DEIXAR DE ESPERAR, SUA VIDA MUDA!

Eu gosto de agir de forma sincera ante a vida, ante a minha vida. Uma das minhas tarefas diárias consiste em liberar a consciência de minhas ilusões ou promessas eternas. Eu percebi que usei um monte de alta energia quando me imaginei na situação futura que queria. Eu me concentrei muito no amanhã.

Então eu decidi parar de viver esperando. Quando você toma essa decisão, seu coração respira aliviado e sua alma começa a viver de verdade. Em geral, nos concentramos em como viver, não percebendo que apenas com isso nos condicionamos e não vivemos realmente. Nós aprisionarmos e robotizamos a nossa alma.

Então um dia eu decidi parar de pensar sobre mim mesmo, sobre o que eu esperava de mim, de todas as minhas ilusões. Eu decidi parar de criar expectativas e viver nelas continuamente, de forma constante … Decidi me concentrar no que estava acontecendo em cada momento e apreciar, em vez de esperar.

“O passado fugiu, o que você espera está ausente, mas o presente é seu.” – Provérbio árabe

Pare de esperar algo dos outros

Decidi, portanto, parar de esperar algo dos outros. Pois as pessoas ao seu redor te valorizarem, seu parceiro te entender, você compreender a si mesmo e os outros confiarem em você, no seu potencial… nem sempre é fácil. Eu aprendi que a coisa mais importante é eu acreditar em mim e fazer as coisas sem esperar nada em troca.

NÃO ESPERE O DINHEIRO EM SEU DIA A DIA

Antes eu me concentrava em grandes somas de dinheiro como consequência de grandes oportunidades de trabalho que esperava com ilusão. Eu percebi que quanto mais ansiava o material, menos a vida me dava, menos me movia em direção aquele estado. Então eu aceitei de bom grado o que já tinha e que não precisava de mais para me sentir bem comigo mesmo ou ser feliz.

Eu percebi que não estava gostando e saboreando o que tinha no momento, porque só me focava no futuro, ganhando mais e mais … estava realmente perdendo o momento mais importante, o momento presente.

PARE DE ESPERAR QUE TUDO SEJA PERFEITO

Por que esperar que tudo seja perfeito?

Quando você para de esperar que tudo seja perfeito, deixa de depender do ambiente para trazer a tona o seu verdadeiro poder, serenidade e equilíbrio interior. Perfeição não existe, deixe de correr atrás dela.

“Confia no tempo, ele geralmente oferece saídas doces a amargas dificuldades.” – Miguel De Cervantes.





Para que serve uma relação?

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

“Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil”.

Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Dr. Drauzio Varela

Nós amamos mulheres malucas

As equilibradas que me perdoem, mas maluquice é fundamental. Queremos mulheres a beira de um ataque de nervos. Mulheres que cantem bem alto o que querem e dancem sozinhas no meio da sala, girando na frente dos convidados do jantar, logo depois de pedir a eles que se retirem pois “o casal agora vai para o quarto”. Queremos mulheres que cuspam na nossa cara as inquietações, as vontades e não-vontades, a maluquice de sempre, porque mulher sem maluquice não é mulher, é um trofeu que você esquece no alto da estante.
Mulher tem que ser doida de pedra. Mulher que não enlouquece, não embarga a voz, não lacrimeja porque a quiche não ficou boa, o bolo solou, o esmalte borrou. Essa a gente prefere olhar de longe, desconfiado. Aí tem coisa muito errada. Mulher que não soluça em novela mexicana? Mulher madura, calma? Não, essa não. A gente ama é um dramalhão.
Se elas não saem do sério a gente não se sai bem no amor. A patricinha montada e sonsa nos cansa e a perfeita elegância das modelos longilínias e impecáveis nos entedia. Queremos unha quebrada. Grito assustado no meio da noite. Abraço com lágrimas de “cuida-de-mim”. Queremos dizer “não foi nada” quando elas ralarem a lanterna traseira do carro no pilar da garagem.
Quanto mais louca mais linda, mais apaixonante. A fragilidade emocional da mulher não edifica uma pseudo-superioridade masculina. Essa fragilidade pode ser o combustível da ternura, do afeto. Podemos até admirar mulheres duronas, equilibradas, constantes. Mas o que nos deixa desnorteados, patetas apaixonados, bobos mesmo, é a mulher maluca. Só a mulher maluca é capaz de fazer gato e sapato da nossa vida.
Por isso eu adoro Mabel, a personagem adorável do filme “Uma Mulher sob Influência”, de John Cassavets. Ela é só um exemplo de mulher amada intensamente por ser exatamente o que é – apaixonantemente maluca.

Meu problema é esperar que os outros ajam como eu agiria

A origem de muitas das nossas decepções é esperar que os outros ajam como nós mesmos agiríamos. Esperamos a mesma sinceridade, o mesmo altruísmo e reciprocidade, mas, no entanto, os valores que definem os nossos corações não são os mesmos que vivem na mente dos outros.
William James, filósofo, fundador da psicologia funcional e, por sua vez, irmão mais velho de Henry James, comentou em suas teorias que uma maneira simples de encontrar a felicidade reside no fato de minimizar as nossas expectativas. Quanto menos você esperar, mais poderá receber ou encontrar. É certamente um argumento um tanto controverso, no entanto, não deixa de ter a sua lógica.
“Não espere nada de ninguém, espere tudo de si mesmo, desse modo o seu coração irá armazenar menos decepções.”
Todos nós temos muito claro que no que diz respeito às nossas relações, é impossível não ter expectativas. Esperamos que certos comportamentos e aspectos desejamos ser amados, defendidos e valorizados. Agora, isso não significa que, por vezes, estas previsões nos falhem. Quem espera muito dos outros geralmente acaba ferido em algum detalhe, alguma nuance, portanto, vale a pena considerar uma série de aspectos.

Quando esperamos que os outros ajam de acordo com nossas expectativas

Os pais que esperam que seus filhos ajam de uma determinada maneira, os casais que esperam tudo de seu parceiro, e amigos que esperam que os apoiemos em tudo que fazem, mesmo que às vezes vá contra os nossos valores. Todas estas situações comuns são exemplos claros do que é conhecido como “a maldição das expectativas.”
Às vezes, algumas pessoas passam a acreditar que o que pensam, sentem e julgam é quase algo “normativo” e até mesmo chegam a colocar um patamar tão elevado quando se trata do conceito de amizade, amor ou família que ninguém pode chegar a estas cimeiras e, portanto, a decepção encontra-se em todos os lados. A chave, como sempre, está no equilíbrio e, sobretudo, na necessidade de ser realista.
É claro que existem certos tipos de expectativas que se enquadram dentro do que é esperado (não traição, sinceridade, respeito, fidelidade …) todos são pilares que sustentam relacionamentos positivos e saudáveis. No entanto, assim que alguém se torna obcecado com a “excelência” da ligação, seja emocional, pai-filho ou amizade matéria, frustração, ressentimento ou até mesmo a raiva que parece. É algo a considerar.

Como parar de esperar muito dos outros

Ninguém é ingênuo por necessitar ver sempre o lado bom das pessoas. Temos o direito de vê-lo, encontrá-lo e até mesmo promovê-lo, mas com alguma cautela. Porque a decepção é a irmã das elevadas expectativas, por isso é mais apropriado não se deslumbrar antes do tempo.
“As aparências não costumam enganar, o que muitas vezes costuma falhar são nossas próprias expectativas sobre os outros …”
Podemos esperar muito dos demais, no entanto, o certo é sempre esperar mais de nós mesmos.

Chaves que nos ajudarão a deixar de esperar muito das pessoas

Para ajudá-lo a deixar de esperar muito das pessoas ao seu redor, oferecemos as seguintes chaves:
  • Ninguém é perfeito, nem mesmo nós mesmos. Se fôssemos agradar as expectativas que os outros têm sobre nós, viveríamos estressados e infelizes. É impossível, ninguém é um exemplo de perfeição ou virtude absoluta. Basta respeitar uns aos outros e exercer a reciprocidade da forma mais humilde possível.
  • Aprenda a diferenciar expectativas e dependência. Às vezes culpamos os outros pela nossa própria felicidade. Nós construímos grandes expectativas em relação a alguém em particular porque somos dependentes do que nos oferece, e, portanto, exigimos que aja com queremos, porque é a única maneira de nos sentirmos bem..
  • Aceite que nem sempre tem que obter algo em troca. Este é um aspecto que caracteriza muitas pessoas: “Se eu lhe fizer um favor, espero outro de volta.” Como essas coisas nem sempre são cumpridas, o correto é aceitar os outros como eles são.
  • Para concluir, talvez William James, a quem citamos no início, estava certo com sua simples proposta: quanto menos esperamos, mais surpresas podemos ter. Isso seria simplesmente dar-se ao luxo de ser um pouco mais livre e menos dependente do comportamento dos outros.
    Somos todos falíveis, somos todos seres maravilhosamente imperfeitos tentando viver em um mundo onde, por vezes, decepções caóticas são inevitáveis, mas no qual também habitam o amor sincero e amizades duradouras.

Por um amor romântico todos os dias

Ainda acredito no amor romântico. Há quem pense que amor romântico é utopia, mas quem pensa dessa forma talvez confunda amor romântico com amor perfeito. Nada a ver uma coisa com a outra e a gente já sabe que o segundo não existe, não é mesmo?
O amor que me refiro é cheio de imperfeições e passa por uma série de fases até atingir a plenitude. E a plenitude também não é perfeição. A plenitude é aquela fase onde a tranquilidade faz pouso nos ombros da gente, nos faz caminhar em frente sem medo de andar devagar ou parar, de agilizar os passos ou recuar.
Antes disso, penso eu, há uma série de fatores que vão solidificando esse amor. A paciência, a compreensão, o apoio, a compaixão e o respeito. Esse último acima de qualquer coisa. Além disso, há de se “começar pelo começo” e desejar que todos os dias tenham um pouco de recomeço. Como assim?
Há uma beleza infinita na paixão, principalmente nos primeiros meses de relação. Sendo assim, muitas pessoas esquecem que desde esse momento as bases já estão sendo construídas. Há de se ter um mistério a descobrir todos os dias. Há de se inventar e reinventar a forma como amamos e vou além: há de se amar as imperfeições do outro e tudo o que isso causa na gente.
Quando escolhemos alguém para ser nosso bem, nosso amor, nosso partner ou como desejar chamar, optamos pelo pacote completo. O “combo” não é feito somente de alegrias, pois que chato seria amar uma pessoa que sabe tudo. O pacote vem com qualidades e uma porção de outras coisas que talvez não nos agradem o tempo todo.
Se você quiser apenas o lado bom de alguém, meu amigo, melhor ficar sozinho. Ou a gente ama o outro com tudo o que ele “tem”, “é” e “vem” ou melhor não se dar o trabalho de começar qualquer relação que seja. As chatices, as manias, os transtornos que todos nós temos devem ser vistos como parte da gente e daquele por quem nos apaixonamos.
É claro que isso não tem a ver com o comodismo que muitos casais toleram por tantos anos. Não estou dizendo que devemos empurrar com a barriga aquilo que não nos desce de jeito nenhum. O que eu acredito tem mais a ver com aceitar o outro como ele é, mas jamais deixar de mostrar como ele pode ir além, evoluir, crescer dentro daquilo que acredita.
O amor requer humildade em compreender o tempo do outro e aceitar que as transformações não devem ser impostas, mas sugeridas com carinho e cuidado. “Estou aqui”, “vamos juntos”, “segura a minha mão” e por aí vai. O amor é porto seguro em mar agitado e furacão em tarde morna.
Por que eu não posso me apaixonar todos os dias pela minha mulher? Quem é que define a quantidade de flores que eu mando para ela? Quantos jantares românticos cabem em dez anos de casamento? E porque não posso fazer amor com ela como se fosse a primeira vez todos os dias?
Quem controla esse tempo? Quem define isso? Quem disse para você que deveria ser assim e pronto? Não, a gente pode amar mais e melhor, amigo! Existe uma cultura absurda que dita regras sobre tudo o que se refere ao ser humano. Por que tem que ficar gelado depois de um tempo? Por que a rotina não pode ser bacana? Por que você não faz diferente do que o seu amigo faz? Ou do que seu pai fazia? Sempre há tempo para amar bonito.
Há quem diga que depois de alguns anos fica impossível evitar que o amor esfrie. Discordo completamente e acredito na relação que esquenta com o passar do tempo. Mas isso, repito, não quer dizer que vá ser perfeito, sem desentendimentos, sem decepções, sem lágrimas. Voltamos ao princípio de novo: inventar e reinventar, começar e recomeçar todos os dias.
O amor deve ser cultivado exatamente como um jardim. Falando nisso, faz quanto tempo que você não pega a florzinha do canteiro vizinho e coloca na bandeja daquele café da manhã que ela adora receber na cama?

Pessoas boas nos ensinam a amar. As más a não ser como elas!

Sim, existem pessoas más e elas, meu caro, estão separadas em dois grupos: as que se orgulham de serem assim e deixam isso explícito em suas ações e as que fingem serem boas pessoas, disfarçando-se de amigos, namorados e familiares que “torcem” para o seu bem.
Provavelmente, você já conviveu com muita gente assim e só percebeu o nível de maldade, depois que saíram da sua vida. O comportamento delas é quase padrão: ficam mal ao verem o outro bem, se deprimem ao saberem que a amiga encontrou um grande amor e quase morrem quando testemunham o sucesso profissional do colega de trabalho.
Pessoas maldosas são tão perigosas quanto veneno injetado na veia. Manipuladoras, interesseiras, invejosas e fracassadas (sim, tudo isso), essas pessoas não conseguem ver a felicidade alheia com naturalidade e entusiasmo. Julgam-se merecedoras de toda a atenção do mundo e, muitas vezes, não medem as consequências de suas palavras ou atos.
Se na vida social conviver com elas é um martírio, na vida sentimental as coisas conseguem ser piores. Elas diminuem o parceiro frequentemente, humilham, traem e jogam no outro a culpa de todos os erros. Além de tentar convencê-lo de que eles possuem sorte em tê-los em suas vidas. Triste, não? Mas é assim que acontece.
Se eu pudesse te dar um conselho hoje seria: afaste-se! Mas, afaste-se muito! Corra na velocidade da luz dessas pessoas. Egocêntricas, elas não sabem o limite entre a falta de respeito e a brincadeira saudável. Utilizam-se das pessoas como marionetes, encontram motivos para denegrir a imagem dos outros e subestimam a inteligência alheia para esconder o mau caráter que possuem.
Muitas vezes não é possível nos afastar fisicamente de quem nos faz mal, às vezes, é necessário suportar a falsidade de colegas de trabalho, de um familiar invejoso ou de um “amigo” maldoso com pele de cordeiro, mas podemos nos afastar psicologicamente e sermos felizes sem elas.
Tomar distância dos conflitos que essas pessoas geram e não compactuar das maldades que praticam já é um bom começo. Einstein dizia que “o mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade” e eu concordo com ele. Não permita que seus princípios sejam corrompidos.
Quando você consegue fazer isso, a vida muda o rumo. Tudo começa a dar certo, os planos saem do papel, a vida financeira flui e o grande amor da sua vida chega. Parece exagero, não é? Mas, acredite, é exatamente isso que acontece! Porque você começa a desintoxicar seu coração e a perceber que a maldade que via nas pessoas, na verdade, era uma distorção da realidade alheia.
Deixe a maldade e a carga da consciência pesada para quem caminha com elas. Mantenha em sua vida pessoas humildes e sinceras. Dessas que carregam em sua essência a generosidade de um coração limpo e de uma alma leve e segue tua vida. Tudo é aprendizagem. Enquanto as pessoas boas nos ensinam a amar, as más nos ensinam a não ser como elas.

SER OTIMISTA REFORÇA O SEU SISTEMA IMUNOLÓGICO

A felicidade nos distancia do médico. Esse poderia ser o resumo de como o fato de ser otimista reforça o nosso sistema imunológico.
Adoecemos menos e desfrutamos de uma vida mais saudável quando não permitimos que as coisas negativas nos afetem

O Otimismo e as defesas

Aquelas pessoas que vivem com um sorriso nos lábios e que veem o lado positivo de cada situação, ainda que as coisas não sejam tão boas, sofrem menos enfermidades e se curam mais rápido de uma infecção quando a sofrem. Ser feliz não significa deixar de lado os problemas ou não nos interessarmos por aquilo que nos acontece. Trata-se de uma filosofia de vida que pode trazer mais benefícios do que pensamos.
Quando vemos o mundo cor de cinza, só nos focamos no lado mal das coisas e vivemos em um estado permanente de estresse, o corpo reage produzindo mais quantidade de esteroides e estes afetam nosso sistema imunológico. Por isso, se você é pessimista e fica olhando o negativo de tudo, é mais provável que adoeça e sofra todo o tipo de infecção.
A resistência de seu corpo aos vírus e bactérias será menor e muito desses microrganismos poderão entrar sem problemas e fazer estragos. As pessoas que já padecem de uma enfermidade crônica ou grave podem melhorar ou piorar segundo o estado de ânimo. Por exemplo, a patologia avança se estão deprimidas ou angustiadas e se recuperam com mais força se sentem esperança ou otimismo.

O otimismo é o melhor remédio

Para prevenir e curar qualquer doença o melhor tratamento é ser feliz. Nosso estado de ânimo repercute na saúde física e mental. Ser negativo não somente atrai mais problemas como também enfermidades. No início do século passado o psicólogo francês Émile Coué desenvolveu um método chamado de “psicoterapia”; incluía técnicas de cura e melhorias através da autossugestão e da hipnose.
Ele dizia a seus pacientes repetirem este tipo de mantra: “Estou muito melhor, tenho menos dor e me sinto bem”. Anos mais tarde o Dr Madan Kataria criou a “terapia do riso”. Esta técnica através da risada demonstrou a interação entre a saúde mental e a física.
As emoções negativas debilitam nosso sistema imunológico e as positivas nos dão o remédio natural que precisamos para não permitir que as doenças avancem. Para poder aproveitar os benefícios do otimismo podemos praticar e desenvolver nossa resiliência, ou seja, a capacidade de andar para frente mesmo quando padecemos de adversidades (a que todos sofremos em maior ou menor medida).
A ideia é recuperar-se o mais rápido possível e fortalecer-se no processo. Motivarmos a nós mesmos, priorizar as ideias e sentimentos benéficos e não nos deixar tomar pelos pensamentos negativos são chaves para alcançar a tão ansiada felicidade e também para evitar certas doenças. Como dizia Sigmund Freud “o pessimismo adoece” (podemos usar a versão contrária a esta afirmação “o otimismo cura”).
Segundo o mestre da psicanálise ser otimista é uma ilusão que serve para sobreviver. É evidente que não podemos ir até o extremo de acreditar que o bom humor ou ânimo é a única maneira disponível de curar nossas doenças.

Como ser mais otimista

Agora que você sabe quais são os benefícios do otimismo em nossa saúde, o próximo passo é aprender a desenvolver este sentimento. Uma vez incorporado aos seus hábitos você poderá então fazer frente a qualquer enfermidade. As técnicas ou recomendações para ser mais otimista são:

Reconheça que é bem-sucedido na sua vida

O objetivo do otimismo não é ser feliz todo o tempo, mas sim de se sentir melhor quando as coisas não estão bem. Reprima a emoção negativa (desgosto, tristeza, angústia, etc…) e foque nas sensações que podem lhe ajudar. Desta maneira sairá da situação desafortunada e aprenderá no processo. Antes de reagir, pense melhor: Como devo me sentir neste momento? Como mudaria tudo se, no lugar de estar triste, me sentisse agradecido?
Olhe para o futuro e lembre de que o otimismo é uma filosofia de vida.

Mude rapidamente de visão

Diante de uma situação ruim sua mente começa a “desviar-se” para o caminho do pessimismo. Tome o controle de suas emoções e mude para o caminho do bom ânimo. Provavelmente você tenha um monólogo interno obstinado a destacar as coisas negativas. Tente canalizar as águas para terras mais tranquilas e felizes.

Busque o lado positivo sempre

Talvez você se sinta cansado por seu trabalho, tenha discutido com seu parceiro de novo ou o dinheiro não é suficiente. Mas o que acha de analisar todas as coisas boas que lhe rodeiam? Uma família, uma casa, um emprego, saúde, amizades, uma casa, comida…. Você já é mais afortunado que milhares de pessoas em todo o mundo.
Ao focar-se nas coisas que valem a pena agradecer você se sentirá reconfortado e feliz. Irá atrás das enfermidades e dos pensamentos que não lhe permitem crescer ou mudar aquilo que lhe afeta. Você pode escrever uma lista com tudo de bom que lhe sucede e lê-la quando não se sinta totalmente otimista.

Sorria

Tente rir todas as vezes que acordar ou quando puder, se for com boas gargalhadas melhor. Olhe-se no espelho e faça caras estranhas para sorrir. Busque vídeos engraçados na internet, escolha filmes de comédia, escute brincadeiras e lembre-se de situações divertidas. Além de melhorar o seu estado de ânimo de forma instantânea você também deixará de lado as doenças e a depressão.

A TERAPIA DO ‘TÔ NEM AÍ’

Ser maldoso o tempo todo é imperdoável, mas optar por ser antipático na hora certa é libertador e nos garantirá sobreviver e seguir em paz.
Viver em sociedade requer um exercício contínuo de tolerância, caso não queiramos nos desgastar inutilmente. Estamos cercados de pessoas que pensam diferente de nós, que agem de maneira inapropriada, que falam sem pensar e que não medem esforços para ofender gratuitamente quem estiver no caminho. Tentar manter a calma e ser gentil será o maior bem que faremos a nós mesmos, porém, em certos momentos, teremos que nos impor às custas da contrariedade alheia.
Não nos faz bem machucar as pessoas, ainda mais quando explodimos exclusivamente por conta de problemas nossos e não pela situação em si. É preciso saber separar o que é nosso sozinho do que é nosso junto com alguém, ou estaremos fadados a descontar nossas agruras em quem não tem nada a ver com o que se passa dentro de nós. Estender nossas misérias emocionais a quem está ao nosso lado e não merece nossas indelicadezas é uma atitude covarde e que denota tão somente imaturidade e desequilíbrio.
No entanto, muito do que nos fere e nos desestabiliza emocionalmente é consequência da forma como o outro vem lidando conosco, uma vez que existem pessoas que contribuem deveras às escuridões em que mergulhamos vez ou outra. No entanto, como se diz, as pessoas agem conosco da maneira que nós mesmos permitimos, ou seja, muito do que o outro provoca de negativo em nossas vidas tem a nossa anuência, mesmo que não declarada.
Por essa razão, teremos que deixar bem claros os limites até os quais o outro poderá avançar, para que não sejamos atropelados pela tirania, pela maldade e pelas más intenções alheias. Da mesma forma que teremos encontros mágicos e especiais, sempre encontraremos quem nos tentará diminuir, quem desejará se aproveitar de nós, quem necessitará encostar as próprias fraquezas em nossa jornada. Caso não consigamos nos impor como pessoa, caso não nos fortaleçamos com a firmeza de nossas convicções e de nossa dignidade, acabaremos nos perdendo de nós mesmos.
Portanto, em determinados momentos de nossas vidas, teremos que ser aquela pessoa que diz adeus e que briga com quem ultrapassou os limites do bom senso; teremos que nos negar a fazer um favor e que alertar para o ridículo de atitudes alheias; seremos quem não se compadece com as lágrimas do amigo, bem como quem cobra do parceiro tudo o que ele deixou de fazer. Às vezes, um foda-se é providencial. Porque ser maldoso o tempo todo é imperdoável, mas optar por ser antipático na hora certa é libertador e nos garantirá sobreviver e seguir em paz.
* Releitura do texto “Às vezes, temos que ser antipáticos”.